quinta-feira

Destruição e Recomposição


Olá meus queridos! Tudo bem?

Há quanto tempo não nos falamos não é mesmo?! Se você gostou de algum texto meu (anteriormente postado) deve estar me odiando agora, pela minha demora, e por eu não ter uma frequência definida para novas postagens; mas pense pelo lado positivo, não podemos prever quem e quando reencontrar pessoas, conhecer alguém ou viver experiências nunca sentidas, e mesmo assim isso tudo pode ser gratificante, logo, a expectativa pode aumentar o prazer. ;)

Pois bem, hoje darei continuidade a exposição de textos antigos. Não quero desanimá-los, nem tão pouco menosprezar meus devaneios, mas devo-lhes desculpas antecipadas por qualquer desconforto de caráter gramatical, cognitivo ou moral que possam perceber. No mais, espero que gostem e, sobre tudo, comentem independente de qualquer circunstância.


Texto 02 - [Título]



“Podemos levar horas para nos recompor, mas segundos para sermos novamente destruídos.”

"Quero desabafar e, com você, refletir a cerca de uma constatação que pude fazer. Você já percebeu quão discrepante é o tempo de recuperação de um trauma, mágoa ou qualquer sentimento ruim comparado ao tempo que levamos para sermos acometidos por eles? Por vezes vão-se horas, dias, meses ou até anos até que superemos uma palavra mal dita, ou não dita, um gesto impensado recebido ou manifestado a alguém. E quando menos esperamos, pensando que estamos livres, somos alvo fácil novamente, tudo em questão de segundos. Basta uma nova palavra, olhar ou gesto para nos sentirmos desarmados outra vez.
É como um defeito de fabricação da vida. Algo incrível e, se muito pensado, até assustador, pois se levamos mais tempo para nos livrar de um sentimento ruim do que para adquirir, estamos fadados a viver amargurados. Ou buscamos viver o tempo todo feliz ou diminuímos essa perdura; convenhamos que viver feliz o tempo inteiro é praticamente impossível e só a tentativa parece penosa, nos restando buscar a segunda opção. Para isso tenho minhas técnicas e suposições:
Diminua o tempo de ruminação de um sentimento ruim, uma palavra engasgada, uma atitude impedida. Se quiser falar ou agir para se sentir melhor, pense e, se necessário, aguarde o momento ideal, mas faça.
Da mesma forma que pequenas coisas nos entristecem de repente, pequenas coisas devem nos alegrar de repente também. O segredo talvez esteja em uma “bipolaridade induzida”, uma mudança de humor repentina. Busque se compreender de modo que consiga uma válvula de escape rápida, uma saída de emergência - não estou me referindo a um vício, até porque a ideia é que tudo isso seja feito com muita lucidez, na pura imagem da vida. Quero dizer que pequenas gentilezas, que podem ser feitas para nós e para os outros, nos possibilitam enxergar novamente o que há de bom na única, e exclusiva, vida que possuímos.
No fundo sabemos como e o momento exato de sermos gentis - auxiliando alguém que carrega algo pesado, apanhando algum lixo do chão e o jogando no devido lugar, elogiando alguém que seja (ou não) do nosso convívio, puxando assunto com algum desconhecido na rua para dizer-lhe algo construtivo, etc. -, há inúmeros pequenos gestos que podemos fazer sem abrir mão de nossas necessidades, mas ao contrário, satisfazê-las, pois quando nos sentimos desamparados, o reconhecimento e agradecimento de alguém podem ser revigorantes.
Sacaneie-se; quanto mais motivos lhe derem para chorar, mais motivos deem aos outros para sorrir. Conheça-te; não se sinta inferiorizado, sinta-se fragilizado, saiba que tudo pode ser passageiro - se está desiludido hoje, pode se sentir bem hoje também. Motive-se; o que focalizar, deve-se expandir."

Ayron Barsan
Aprox. 06 de Janeiro de 2015.


Obrigado por dispor desse tempo conosco! :)



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