sexta-feira

Nunca desperdice uma verdadeira conversa


Olá! Tudo bem?

Faz algum tempo que não nos falamos, pois a partir desse mês o ano ficará bem corrido para mim - trabalho, estudos, estudos (e mais estudos) nos afastaram algumas vezes -, mas sempre que possível tentarei manter esse contato.

Bom, hoje continuarei abordando o tema das nossas duas ultimas conversas; comunicação e relações interpessoais. Gosto desse assunto, bem como qualquer outro que possa humanizar o ser humano, que se digitaliza a cada dia.

A partir desse texto (que segue logo abaixo) começarei a "desengavetar" reflexões que surgiram há alguns messes atrás, para que conheçam um pouco do que eu pensava, ou penso, a cerca de assuntos interessantes para discutirmos(relaxa que tentarei não tocar mais nesse assunto no próximo texto :D).

Como sempre sou muito carente, então gostaria (de verdade) que você lesse e deixasse um comentário ou provocação, enfim estabelecesse um diálogo entre nós, por meio da sua opinião.

Me desculpe a superficialidade dessa introdução, mas não quero te cansar com um monte de informações irrelevantes - até porque o que quero que saiba já está por vir.

Muito obrigado e boa leitura! ^^"

Texto 01 - O que será do diálogo daqui pra frente?


"Sinto-me enganado quando dizem que as redes sociais aproximam as pessoas. Não somente elas, mas todos os tipos de comunicação à distância que existem e vem surgindo por aí. Fico pensando (o que talvez seja um pensamento surgido em O Fantástico Mundo de Bobby), “o que será das relações interpessoais daqui para frente?”; “Serão verdadeiras?”; “Sinceras?”; “Íntegras?”.
Sinto-me ligeiramente incomodado quando estou conversando com alguém por meio dessas "ferramentas de comunicação artificial" - principalmente quando se trata de alguém que não conheço pessoalmente -, pois não consigo decifrar com facilidade suas reais intenções do outro lado. Quando digo algo e não obtenho resposta num tempo que para mim é hábil, logo penso "puts! falei merda" ou "será que está tudo bem por lá?", entre outros pensamentos caóticos e muitas vezes precipitados a cerca do que leva à demora.
Toda essa velocidade supersônica das informações - que só aumenta - e a facilidade de acessá-las que possuímos vêm fomentando e encorpando uma massa cada vez mais conectada o que - de modo genérico e superficial - pode ser visto como uma expansão homogênea das relações interpessoais. Mas até que ponto há consistência nessas relações? E o verdadeiro entendimento e valorização das informações que estão sendo transmitidas? Será que saber tudo com antecedência é de fato uma vantagem? Ou um desgaste e euforia desnecessários?
A comunicação não se resume somente na troca de informações, mas no entendimento, absorção e transformação dessas para que novas sejam geradas, e assim a evolução aconteça - bem como conhecemos na dialética. Não consigo imaginar um diálogo sem estar “cara a cara” com o interlocutor, afinal, um gesto, um olhar, um sorriso de canto de boca, um movimento com as mãos também falam, dizem coisas que complementam as palavras. As palavras ditas a quilômetros de distância podem deixar significados e expressões no meio do caminho, chegando ao seu destino incompletas, sem vivacidade, sem sentimento, sem a essência de quem as proferiu.
Não quero que o tiro saia pela culatra e ser eu o sujo falando do mal lavado, mas quero enfatizar e deixar bem claro que não devemos misturar as coisas. Sempre que possível prefira uma conversa pessoal, e se houver a distância não deixe lacuna sem preenchimento, pergunta sem resposta, post sem comentários ou elogio sem retribuição. Lembre-se que da mesma forma que você observa e absorve o que há na tela de seu equipamento tecnológico nesse momento, há uma pessoa por trás dialogando contigo."

Ayron Barsan
Aprox. 05 de Janeiro de 2015.


Muito obrigado por dispor desse tempo conosco! \o/


domingo

Porque há tantas diferenças no que temos em comum?



"Quanto mais a humanidade evoluí, menos ela se conhece."


Olá! Tudo bem?
Gostaria de dar continuidade a um assunto que gosto de conversar sobre, e que falei um pouco no último post (leia aqui); comunicação / relacionamento - não necessariamente amoroso.

Não gosto muito das redes sociais e dessa tal "comunicação à distância", pois acredito que elas podem nos levar a esquecer como se decifram os códigos contidos numa conversa - tais como um gesto, um olhar, uma expressão ou até mesmo um tom de voz - e o que a outra pessoa quer dizer com eles. Não posso dizer que a tecnologia não aproxima as pessoas, afinal se não fosse por ela talvez não estaríamos nos comunicando agora, mas não acho que ela deva superar a comunicação presencial como vem acontecendo.

Um outra coisa que me deixa seriamente incomodado é quando ouço alguém dizer que não gosta de "fulano" ou "beltrano" por que não foi com a cara ou por que o "santo não bateu", acho isso tudo uma atitude mesquinha e egoísta, afinal como se pode não gostar de alguém? Ou não conseguir se comunicar com alguém?

Claro que a comunicação pode ser uma tarefa difícil, mas não impossível quando passamos a enxergar as pessoas de uma outra forma - digo por experiência própria. Hoje não tenho nenhuma inimizade, e apesar de nunca ter tido, tenho a certeza que nunca terei - principalmente depois que mudei minha maneira de pensar e ver as pessoas ao meu redor. Não há segredos, ao contrário, a "lógica" é muito simples: respeite.

O modo como fomos educados, crescemos e vivemos ditam nossa personalidade e maneira de lidar com o mundo, e nossa única forma de interagir com ele é por meio da comunicação - seja ela escrita, falada, visual, auditiva, etc. Levando em consideração que cada um de nós fomos educados, crescemos e vivemos de modos diferentes, podemos afirmar que temos maneiras diferentes também de lidar com o mundo e nos comunicar com ele; é um erro lutar contra isso.

Não tenho uma estatística, mas os números pouco importam, o fato é que muitos relacionamentos não dão certo por falta de comunicação ou o excesso de uma comunicação hostil, e isso se dá pela tentativa de manipulação de um elemento sobre o outro; vemos que as pessoas não aceitam as diferenças dentro de uma relação. Quanto a isso tenho duas coisas a dizer (ou sugerir):

- Se você convivesse com uma pessoa exatamente igual a você, como lhe daria? Teria um relacionamento com alguém que tem as mesmas manias, vontades, interesses, loucuras e frescuras que você? O que você aprenderia com ela, ou o que ela teria pra lhe ensinar que você já não soubesse?
Esqueça, pare de procurar alguém igual a você, até por que se tem orgulho de ser único, exclusivo, não faz sentido buscar alguém igual.

- Uma vez sabido que ninguém é igual a ninguém por que insistir em convencer as pessoas ao seu redor? Se eu já sei que você não pensa igual a mim só o que me resta é falar e escutar, e no máximo, dar minha opinião quando solicitado, pois sei que não irei te convencer se você não quiser e, de longe, sei que se eu tentar impor o que penso te impedirei ainda mais de me compreender.
Deixe sempre claro o que pensa, mas não insista, e quando alguém estiver contra sua opinião somente ouça, afinal é a do outro e não a sua, e não cabe a você mudar.

RESPEITO é a palavra chave de uma boa comunicação.
Ouça, fale, pense e sinta como tiver que ser ou como quiser, mas não force ninguém a agir da mesma forma que você. Ao contrário disso, repeite ainda mais aqueles que forem contra suas ideias; só assim os convencerá a agir como você para se tornar pessoas melhores.

P.S.: Quero aproveitar para indicar um ótimo livro que fala sobre o assunto e foi a inspiração para fazer esse post. Aliás, foi ele que mudou minha maneira de pensar e agir perante as pessoas.

"Homens são de Marte Mulheres são de Vênus."
John Gray - Ed. Rocco - 12ª Ed.



Texto 00.3 - Divagações




"As relações interpessoais são como o barro; o mesmo, esquecido ao sol corre o risco de ressecar e até partir-se; se em demasia o segurar podemos umedecê-lo, fragilizá-lo até que, em estado líquido, escorra pelos dedos de nossas mãos. O mundo é como uma máquina modular; gira sob nossos pés nos possibilitando modelarmos nossas relações."


Muito obrigado pela comunicação, e por dispor desse tempo conosco. ;)